Na parábola espiral a contragosto da tua vontade deslizo e escorrego junto à gravidade
Desafiando mais uma estação chuvosa
Meus arames e grampos de aço denunciam o meu cansaço
As flores sufocadas de tanta chuva meus dedos enrugados feito o plástico de uma luva
As curvas da rua as fases da lua e o piche do asfalto leva embora o barquinho de papel
A cidade escura dentro de um eterno breu Os bairros agora em silêncio mortal
O caminho é estreito a estrada carrossal
Tudo que parece perene morre de uma forma virginal
Pois a eternidade Zomba de nós numa piada imoral
By Ivan Araújo
0 Comentários
Obrigado por comentar