Máscaras do Eu
Eu, faces em construção,
metamorfose, evolução do eu.
Contemplar-me-ei em máscaras efêmeras,
a dissipar-se no olhar,
quem sou a cada face a revelar.
No palco do eu em construção,
consciência, percepção, interação,
ao moldar-se a cada instante,
inocência em concorrência com o pensar,
se perdeu no eu da transição.
Hormônios em evolução,
desejos desconhecidos precipitam no eu ardente,
adolescente, intransigente, inconsequente,
em cada agir sem distinguir o eu presente.
Começo a ver sob a lente do futuro,
o eu a relutar com o presente ascendente,
um novo ente que surgirá, deixando no passado das
metamorfose, evolução do eu.
Contemplar-me-ei em máscaras efêmeras,
a dissipar-se no olhar,
quem sou a cada face a revelar.
consciência, percepção, interação,
ao moldar-se a cada instante,
inocência em concorrência com o pensar,
se perdeu no eu da transição.
desejos desconhecidos precipitam no eu ardente,
adolescente, intransigente, inconsequente,
em cada agir sem distinguir o eu presente.
Começo a ver sob a lente do futuro,
o eu a relutar com o presente ascendente,
um novo ente que surgirá, deixando no passado das
ilusões o que fui
um dia.
E, de repente, não reconheço o eu,
sombras me restaram na sepultura do passado,
sem perceber, as máscaras borraram e se fizeram
no que agora sou.
sombras me restaram na sepultura do passado,
sem perceber, as máscaras borraram e se fizeram
no que agora sou.
Sou eu mesmo o que sou?
Sou eu o que serei?
As máscaras que usarei no futuro do eu revelarei.
Se serei o que penso, não sei;
sei que serei máscaras do eu e direi
quantas máscaras usei.
Sou eu o que serei?
As máscaras que usarei no futuro do eu revelarei.
Se serei o que penso, não sei;
sei que serei máscaras do eu e direi
quantas máscaras usei.
Agora o espelho encararei,
e atrevido serei para argumentar com o eu,
se ainda haverá máscaras que o futuro trará.
É certo que sei,
independente da face que usarei,
continuarei a ser eu, com novas identidades e ambições.
em cada estação em minha coleção,
recordarei com emoção cada máscara que usei,
e não temerei lapidar o eu.
Assim, morrerei sem me esconder,
pois o túmulo contemplará meus restos sem máscaras,
e minha identidade finalmente surgirá.
lamento dizer que não posso revelar
o que está por trás das máscaras.
Pois sou eu.
Autor:
Daviel Campos
1 Comentários
Muito bom !
ResponderExcluirNo poema vivos toda a catarse do eu lírico onde o poeta ressalta suas escolhas , erros e falhas e afirma que todas elas o ajudaram a ser quem Ele é hoje.
Obrigado por comentar