F. Morei: Um Olhar Profundo sobre a Vida e a Literatura"

 Biografia

Fabio Moreira de Oliveira, mais conhecido pelo pseudônimo F. Morei, nasceu em Dom Eliseu, Pará, em 20 de junho de 1999, e atualmente reside em Itaituba, Pará. Desde a infância, cultivou uma paixão pela escrita, iniciando suas primeiras histórias e poesias aos 7 anos.

 Aos 13 anos, decidiu se tornar escritor, transformando sua vocação em uma trajetória literária marcada pela profundidade de seus temas e pela riqueza de suas narrativas. Formado em Pedagogia e com pós-graduação em Educação Infantil, F. Morei combina sua experiência acadêmica com uma visão única sobre a literatura, transitando entre diferentes gêneros com maestria.

 Seus livros exploram fantasia, ficção científica, poesia, romance histórico, drama e crítica social, oferecendo ao leitor histórias envolventes e reflexivas.

Ø Obras Publicadas

ü Ficção Científica & Fantasia

Vórtice – A história de um garoto que encontra um óculos misterioso, capaz de transportá-lo para um mundo mágico habitado por criaturas fantásticas, como centauros, harpias e dragões. Lá, ele descobre segredos que podem mudar sua vida e a realidade como a conhecemos.

Henluor: Guardiões do Prisma Digital – Uma jornada eletrizante pelo universo digital, onde realidades virtuais e ameaças cibernéticas desafiam os protagonistas em uma batalha pela verdade e liberdade.

O Refúgio das Quimeras – Uma fantasia sombria que leva o leitor a um mundo repleto de mistérios, magia e dilemas existenciais.

 ü  Romance Histórico & Drama

O Caminho de Ferro: A Luta Pela Liberdade – Um romance que ficou amplamente conhecido por abordar a escravidão no Brasil, trazendo à nova geração uma reflexão sobre um passado sombrio que não deve ser esquecido.

Máscaras de Amor Entre Ilusões e Feridas – Um romance emocionante sobre superação, que conta a história de uma mulher cujo namorado parecia ser o homem perfeito, mas que, após o casamento, revela um lado cruel. Ela passa a sofrer agressões físicas e psicológicas e precisa encontrar forças para reconstruir sua vida e recuperar sua dignidade.

Ø Poesia

Não é o Land a Depravação – Um livro de poemas que mergulha na crítica social, no sofrimento interno e na valorização das pequenas coisas da vida. A obra incentiva o leitor a refletir sobre as dores do mundo moderno, a importância de amar a vida e a necessidade de enxergar a beleza nos detalhes.

Ø Infantil

O Dragão do Bruninho – Uma história encantadora que cativa as crianças, levando-as a uma aventura mágica repleta de amizade, coragem e imaginação.

Além dessas obras, F. Morei também trabalha em diversos projetos, incluindo crônicas, poesias e ensaios sobre temas contemporâneos. Seu estilo literário se caracteriza por uma escrita envolvente, personagens marcantes e uma reflexão profunda sobre a condição humana.

RELATO DO AUTOR

" Nasci em um lar simples, onde o riso infantil se misturava ao peso das dificuldades. Desde cedo, aprendi que a vida é feita de contrastes: entre a dor e a esperança, entre a escassez e os sonhos. Minha infância foi marcada por desafios — vi minha mãe lutar contra o desemprego, senti na pele a fome, testemunhei o peso das incertezas que assolavam nossa casa. Mas também vivi a alegria genuína das brincadeiras de rua, como Pirapega e Roda-Roda Sirandinha. Entre a necessidade e a felicidade, minha alma encontrou refúgio nas palavras.

Quando as aulas terminavam, enquanto outros iam para casa, eu ia para a biblioteca. Entre estantes silenciosas e livros esquecidos, descobri universos inteiros. Minha mãe sempre soube onde me encontrar e se orgulhava disso. Ainda criança, aos nove anos, escrevi algo que carregaria para a vida toda: "Os livros são barcos que nos levam para onde quisermos, sem precisar de vento, apenas da nossa imaginação." E assim foi. Os livros me levaram além das fronteiras da minha cidade, além das dificuldades, além do que o mundo parecia oferecer.

Minha jornada como escritor começou em um momento de profunda angústia. Minha mãe estava desempregada, meus irmãos e eu enfrentávamos a fome, e o mundo parecia um lugar frio e indiferente. Um dia, ao passar por uma rua qualquer, vi uma cena que jamais esqueceria: pessoas reunidas diante de um hospital precário, onde vidas se perdiam por falta de estrutura. Um jornal noticiava essa tragédia ao lado de uma outra manchete que falava sobre o crescente desemprego. Naquele instante, uma frase tomou forma dentro de mim: "Não é o país a corrupção." Peguei papel e caneta e comecei a escrever versos inspirados naquela realidade. Assim nasceu Noelândia da Pravação, um poema que misturava crítica social e esperança.

Logo, percebi que aquilo não era um evento isolado — era um chamado. Continuei escrevendo, e o que começou com um poema transformou-se em um livro. Foi assim que publiquei Não é o Land a Depravação, minha primeira obra, uma coletânea de poesias que falavam sobre a dor do mundo, mas também sobre a resiliência de quem não desiste. Foi quando percebi que meu dom de escrever não era apenas um desejo, mas uma necessidade vital de expressar o que minha alma gritava. Desde então, nunca parei.

Meus livros são reflexos da realidade que vivi e das histórias que observei ao longo da vida. Escrevo sobre as dificuldades humanas, sobre sonhos despedaçados e reconstruídos, sobre o lado mais cru e, ao mesmo tempo, mais belo da existência. Minhas palavras são lâminas afiadas quando precisam ser, mas também são abraço e refúgio para quem precisa.

Sempre fui mais observador do que participante. Enquanto muitos se perdiam em relacionamentos passageiros, eu me perdia nos detalhes das interações humanas. Gosto de sentar em uma praça e apenas olhar: casais discutindo, crianças brincando, idosos contando histórias. Cada cena carrega um universo, e cada universo merece ser contado.

Minha mãe nunca poderia me castigar dizendo "vá para o seu quarto", porque meu quarto era o meu mundo. Ali, eu escrevia poemas, lia histórias de fantasia e mergulhava em reflexões profundas. Para mim, cada página virada era uma nova viagem, um novo horizonte.

Hoje, minha escrita continua sendo mais do que um ofício — é um propósito. Meus livros não são apenas narrativas, são testemunhos de vidas, são reflexos de dores, amores e esperanças. Acredito que a literatura não deve apenas entreter, mas também iluminar, questionar e transformar. Se há algo que desejo deixar como legado, é a certeza de que, não importa o quão escuro o caminho possa parecer, sempre haverá palavras capazes de nos guiar. Afinal, a literatura é isso: uma tocha acesa na escuridão, um sussurro que diz "continue", um barco que nos leva para longe — sem precisar de vento, apenas da nossa imaginação."

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