Percepção
Sob a relva estava eu a despertar, o som do ar fluía os pulmões.
Coração batia em simetria a vida que latejava nas veias, conduzindo o corpo numa latente propulsão à matéria.
Podia sentir sob a pele uma interação constante aos sentidos. De repente ruídos quebravam o silencio, revelando a audição sua função.
Agora podia ouvir a doce melodia que me envolvia.
Num reflexo ligeiro, surgiu um bom cheiro, eram as narinas como bailarina acompanhava a flagrância.
Experiência marcante, que revelou em instantes a razão.
Pude então entender, que a cabeça, era o centro de comando, e assim permanecia estático sobre algo que não podia descrever.
Pois a consciência sem conseguir ver, ocultava aos olhos por assim dizer que eram eles os responsáveis de contemplar o que havia de ser.
Foi num fleche que tudo se revelou um clarão que trouxe à razão a revelação dos olhos sua aparição.
Os elementos aguçados sem gesto e interação permaneciam calados em comoção.
Então as cordas vibrando, com o ar dos pulmões, revelou uma nova função.
Em harmonia com audição, em comando da razão, romperam-se o timbre no ar, quebrando o silencio a boca ao falar.
O tato seguia com consideração a voz em articulação.
E finalmente, tudo se ajustava sob os pés a base dos elementos a sustentação em sentido vertical em orgulhosa ostentação.
Assim, a vida surgia no sexto dia, com palavras de bom dia dizia.
Seja bem vindo meu filho Adão.
By, Daviel Campos
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