google-site-verification=4pjh_0u9ZXfr16rcO_twV9F2luCyjmWda02-Q4YoL-0 01 02 Solidão

Solidão

Solidão, poema de Daviel campos


Solidão

solidão, é presídio d'alma,

Calabouço da mente, tortura velada. Alegria algemada num grito inocente,

Casa abandonada, como sepulcro enfeitado

À vista da gente.

É instrumento sem cordas,

Canção sem notas, harmonia ausente.

Solidão é caminho sombrio,

Guia maligno que conduz ao abismo.

É gritar no vazio, como andarilho no frio

Sem aconchego e calor.

É esperança vencida, numa vida perdida

Sem perspectiva, é morte em vida.

Que se esvazia sobre os dedos, rumo ao chão,

É um hino fúnebre, a canção.

Solidão é companheira fiel,

Que só a morte separa, é chamas que queimam a alma.

É algoz imbatível, que tortura suas vítimas

Sem compaixão e misericórdia.

É dominador de almas, torturador de vidas,

Implacável em suas investidas.

É covarde e atrevido, só domina os oprimidos

Sem forças para revidar.

É pretensioso e altivo, oportunista.

Se proclama dominar dos fracos e indefesos.

Mas tudo isso é para esconder o medo

De ser confrontado com a alegria.

Dela se esconde, noite e dia,

Como uma de suas vítimas.

Porque a alegria tudo conquista,

E para não se sentir solitário,

Aprisiona pobres almas em seu enredo calado.

Mas um dia ela será a vítima

Que já fez, quando a luz da alegria brilhar

E a prisão soltar aqueles que lhe serviram.

Solidão.

Daviel Campos 

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